A movimentação das Micro e Pequenas Empresas

Desde a industrialização os negócios cresceram disparadamente à medida que cresce a demanda por diversidades no setor varejista. Salienta-se que esse processo rápido de industrializar não foi inicialmente acompanhado por uma estrutura por parte dos negociantes. Pessoas começaram de qualquer maneira investir sem preparo para atuar com as ferramentas que levava ao desenvolvimento, então a economia se tornou descontrolada e os conflitos surgiram devido à falta de planejamento e análises sobre o que acontecia de novo no mercado - nem mesmo sabiam os varejistas, por onde agir e como se fixar e nem se quer temiam a concorrência, diferente do que funciona hoje.
Economistas concordam que no Brasil, a política do Plano Real foi um fator inquestionável no alargamento e surgimento de negócios de pequeno porte, inclusive das lojas de preço único – as que vendem todos os produtos por 1,99 - por exemplo. O contrato firmado na gestão de Fernando Henrique Cardoso foi um marco na história brasileira. Os Consumidores de classe baixa passaram a comprar com linha de créditos acessíveis e houve a expansão em produtos eletrodomésticos. A inflação chegou a ser deflacionada, atingindo um patamar de 1,7% - índice que há décadas não acompanhava o mercado. Muitas medidas para combater a inflação foram tomadas, todas fracassadas, até que o plano Real conseguiu realmente engolir por um período o ciclo fracionário que mais afetava a economia do país. Nessa época o varejo sobressaiu e até hoje alavanca. Esses procedimentos políticos e econômicos facilitaram as iniciativas e rotinas dos varejistas que conseguiam com baixos custos suas mercadorias, principalmente com a facilidade de penetração em país alheio fermentando o setor informal.
Empresas que disponibilizam excelentes prazos para pagamento têm sido crucial no desdobramento do varejo tradicional devido ao número maior de consumidores cuja renda é baixa ou que trabalha sem comprovação em CTPS.
A globalização também facilitou esses processos - aconteceu por influência forte do serviço de rede mundial, que diminuiu as barreiras para o envolvimento de novos empresários, com a expansão dos produtos e atuação dos acordos mundiais, a valorização do varejo de nosso país e outras nações, a transmissão de dados entre setores varejistas permitindo a análise minuciosa de mercado para definir ou redefinir um rumo mercadológico. Esse avanço tecnológico permitiu o encurtamento de distância dos negócios estrangeiros, a desburocratização para transações comerciais, e a rotatividade na importação que tem aumentado rigorosamente a partir do debito quitado da divida FMI.
Diante de tantos fatores, o que mais evolui e define o comércio atualmente é a relação cliente-fornecedor. Para negociar não é fácil, e nem apenas olhar o mercado como uma comunidade livre, onde se pode entrar sem comprometimento. Verdadeiramente, as micro e pequenas empresas vivem para espionar o ambiente, a concorrência, as políticas sociais e partidárias, a cultura de cada região, os fornecedores – entre outros. O foco maior está no consumidor, pensando em atraí-los é que varejistas se endividam e investem arriscando-se freqüentemente. Nesse âmbito é preciso ter estratégias diferenciadas para trabalhar com fornecedores, e que o sistema de pagamento seja bem direcionado ao cliente, mas também que ganhe com poder de barganha.
A lucratividade de uma empresa é comprometida se não for bem estruturada a administração dos produtos, se a venda não for coerente com o estado de saúde da organização, se o ciclo econômico não condiz com o ciclo financeiro e as atividades não permitirem rentabilidade continua e liquidez imediata. É analisando as tendências, os demonstrativos anteriores, a intenção dos concorrentes que pode avaliar o próprio empreendimento, decidir sempre na visão desses acontecimentos. Não basta apenas ser rentável por um período, tem que ser sempre geradora de lucro. O mais importante ato administrativo é a definição de preços, nele esta concentrada a preocupação constante para conseguir agradar a clientela, e obter vantagem contábil e gerencial.
Para aplicar a precificação tem que se atentar a viabilidade e estabilidade do produto no mercado e se orientar em relação à elasticidade.