Palavras e comportamentos dos candidatos

São tantos pronunciados durante o período eleitoral, que ficamos meio ambíguos. Por essa razão muitas pessoas se querem sabem o horário exato das campanhas políticas em TVs e rádios. Dizem-se apolíticos, ou melhor, são realmente avessos à eleição.
Mas vivemos de política e não tem para onde correr. Em casa, no trabalho, na nação. É sem valia qualquer pensamento de se isolar. Precisamos escolher sim. E saber escolher, ao menos enquanto surja outro método.
Tem assuntos que chamam atenção a cada programa de TV. As palavras e os comportamentos dos candidatos, por exemplo:
A protegida. Pra começar, a campanha não é de Dilma. É que continue o projeto de Lula.
O pessoal do PT é estrategista de primeira. Claro, o tal Duda Mendonça e sua equipe de marketing nas duas últimas eleições fizeram uma revolução nos trabalhos esquerdistas.
E agora com a Dilma segue no ritmo melhor. Estão investindo muito este ano em comunicação e marketing, inclusive em assessorias que modelam e remodelam desde a estética até a postura profissional da candidata à presidente. Sobre seus programas de TV, a característica está cada vez mais popular. Parece até que estão imitando a Globo. Trazendo a vida real para a tela, como o depoimento onde um senhor simples da zona rural clama: “Deus te proteja presidente Lula, que Ele te dê força para continuar administrando o nosso país”.
E os olhos quase derramando lágrimas. Aqueles olhos meio tristonhos e ao mesmo tempo gratos, de quem sofreu muito e agora encontrou um refúgio.
Estão com vantagem. Poder na mão. Os trabalhos acumulados durante oito anos. Basta fazer uma retrospectiva e tudo parece mágica. Quem diria hem petistas. Tão radicais, sem brilho e sem espaço. Estão a ponto de levar a vitória no 1º turno.
O Irritado. É só parar e ouvir quantas vezes José Serra usa termos do tipo “estou irritado, chateado, impugnado, traído”... As palavras são fortes e negativas. Pensa que se faz de coitado, mas se torna apelativo. Cuidado tucanos porque as primeiras expressões ficam. Falem de soluções, de resoluções, esqueçam um pouco o ataque. É natural, mas o programa precisa ser menos agressivo.
Na verdade a equipe de assessoria deve redesenhar Serra também. Deixar ele mais transparente e tranqüilo. Se não é popular, fingir se torna artificial.
A radical. Tem comunicados bonitos, mas são muito óbvios. Parece que vive num mundo de discurso imutável. Rebelou-se com alguns da esquerda, se diz liberal. A Marina precisa ser inovadora e acompanhar tendências. Entender que as palavras às vezes são ultrapassadas, e a vida nem sempre é do jeito que se diz. Ao falar da Marina vem o questionamento. Será se quando é radical demais se torna individualista? Ou com este argumento se consegue a titulação de honesta? É para refletir, ou seja, a candidata é uma reticência...
Se tratando de mercado, hoje o incentivo é trabalhar o máximo a parceria. Claro numa hora dessas não dá para dizer que um ou outro é parceiro, e confiável. Cada qual procura vender seu peixe. Mas lembre a Marina que Lula se reelegeu porque mudou de pensamento e conseguiu sair de um simples sindicalista, para um ícone administrador. Talvez tenha sido o governo que mais misturou partido e coligações. O PT renovado.
Na verdade brasileiros e principalmente do nordeste – Admira-se a última administração do Brasil. Que tirou da gente aquela agonia da dívida FMI, e levou-o ao título mundial de um dos melhores países para se investir. Que deixou economistas confusos sobre o futuro do país, e ultrapassou uma crise envolvendo os povos mais poderosos do mundo, Estados Unidos.
Este ano mais uma vez temos opções de decidir o futuro da nação, e das próximas gerações. Apesar de tudo citado acima, o voto é livre e deve ser consciente.