Por Noemi Lima - Nada mais é que o marketing tradicional aplicado com o foco
específico do meio jurídico enquadrando-se nas normas determinadas pelo
Código de Ética e Disciplina da OAB, com o dever de dotar a advocacia de
uma visão de negócios com orientação estratégica de médio e longo
prazo, para garantir a efetividade dos resultados.
Transpôs-se a
época em que o escritório de advocacia era ligações familiares, que
podiam ter uma administração arcaica e amadora com a esperança dos
clientes baterem às suas portas procurando por serviços jurídicos. Com o
capitalismo o mercado tornou-se agressivo, e a banca que não se
destacar com um nome forte e uma produção intelectual sólida estará fada
a competir por patrocínios sem relevância e com honorários cada vez
mais exíguos.
O domínio da técnica jurídica, isto é, conhecimento moderno da legislação, jurisprudências e doutrinas, é primordial. “O
mercado é muito concorrido e estratégias de marketing bem aplicadas
podem diferenciar o escritório e o profissional. A qualidade do serviço
prestado, contudo, tem que ser condizente com tais estratégias.”¹
O
Marketing é uma atividade tão importante quanto uma administração ou
finanças e, dessa maneira, deve ser considerado um custo. Ressaltando
que a principal função do Marketing Jurídico não é desenvolver um
planejamento estratégico especifico, resumidamente é um investimento que
em desenvolvido sempre trará resultados aditivos.
Nos termos do
Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
consta um capitulo especifico para esclarecer as questões de
publicidade, comunicação e marketing executado na área jurisdicional. O
Provimento 92/2000 foi redigido com a função de organizar e atualizar
estas regras. Ambas possuem claramente as regras permissíveis e
restritivas, o bom é ressaltar que pode sim investir em um marketing e
na pratica de ações de comunicações, desde que esteja sob o regime da
ética jurídica. Devido a essa necessidade houve o desdobramento da área
do marketing para atender essa necessidade no mundo jurisdicional.
Para
que seja desvinculado o mito de que advogados não são vendedores
voltados para área consumistas, é importante colocar em foco que
Marketing é algo voltado para a realização de um planejamento
estratégico, portanto é necessário que um escritório, sendo ele
advocacia ou não esteja munido de uma estratégia bem preparada para
prosperar e que os clientes atentem aos serviços oferecidos dentro de
suas eventuais necessidades.
O Marketing Jurídico abrange também o
digital, é permissivo pelo Provimento 92/2000 que um escritório de
advocacia tenha um site/website, contendo seu enderenço, área de
atuação, títulos acadêmicos e jurisprudências e súmulas servindo de
referência para os clientes, principalmente quando se trata de
Assessoria Jurídica voltada para empresas de médios e grandes portes.
“Ser
um advogado conhecido, apenas, não é suficiente, é preciso gozar de uma
reputação positiva e credibilidade. As pessoas, cada vez mais, estão
consultando os conhecidos quando vão realizar um negócio, em muitos
casos, através das redes sociais, que alcançam centenas e até milhares
de pessoas imediatamente. Um profissional ou uma organização que tiver
sua marca difamada no mercado enfrentará graves problemas e terá
dificuldade para superar essa imagem negativa”.
Noemi Lima é estudante e profissional do Direito em Londrina PR.